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Dislexia


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A Dislexia é um transtorno do neurodesenvolvimento específico da aprendizagem.



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Acomete crianças, adolescentes e adultos com potencial intelectual normal, ou seja, não tem a ver com sua inteligência. Porém não conseguem adquirir ou desempenhar satisfatoriamente a habilidade para a escrita e/ou leitura.


É um distúrbio neurológico e tem origem congênita, que significa que nasce com a criança ou é herdado geneticamente por um dos pais, ou ainda por algum fator externo. Só com uma boa avaliação clínica e anamnese é que podemos descobrir a provável origem do distúrbio e assim intervir.




Os tipos de dislexia são:


Dislexia Acústica - dificuldade de compreender os sons (fonemas) e a representação gráfica (letra). A criança tem dificuldade na representação da imagem sonora relacionada ao grafema.


Dislexia Visual - dificuldade de visualização e em diferenciar os lados direito e esquerdo, também fazendo com que a criança tenha dificuldade em reconhecer as palavras como um todo.


Dislexia Motriz - É a dificuldade em movimentar o globo ocular, o que faz com que a criança não consiga enxergar toda a palavra, ocasionando assim, intervalos mudos e campos cegos ao ler.




Segundo o DSM-5, os sinais perceptíveis em um criança com dislexia são:


  • Leitura das palavras é feita de forma lenta e silabada, com muita dificuldade, fazendo muito esforço;

  • Tenta adivinhar as palavras enquanto lê e tem dificuldade em soletrá-las;

  • Quando consegue ler não entende o que foi lido;

  • Dificuldade com ortografia, omite, acrescenta, substitui as letras na escrita. Um ex. confundir p/b, o/u, a/e, f/v, t/d etc.;

  • Dificuldade em elaborar textos, colocar as ideias no papel, e até mesmo contar uma história;

  • Vocabulário ruim, fraco; muita dificuldade com rimas, aprender canções, acompanhar histórias e memorizar;

  • Pode até ler as palavras de trás pra frente, pois eles têm dificuldade relacionadas à lateralidade, como direita e esquerda, em cima, em baixo etc.;

  • Desinteresse por livros impressos;

  • Déficit de atenção, dificuldade em brincar e interagir com outras crianças, baixa autoestima;

  • Atraso na fala, na escrita e no desenvolvimento visual;

  • Dentre outros.


Apesar de tantas dificuldades, ainda podemos enxergar o lado positivo na vida de um disléxico. *Estudos recentes dizem que a pessoa com dislexia tem grande inclinação para o lado artístico e com isso tem mais facilidade para tarefas e profissões que exigem mais criatividade, criações de ideias, invenções e descobertas.


Isso nos ajuda a olharmos para essas crianças com uma perspectiva melhor, de potência, encorajando-as a desenvolver o que tem de melhor. Por isso é de suma importância que as escolas estejam preparadas e que se adaptem para atender as necessidades dos disléxicos sem segregá-los dos demais alunos. Visto que, de acordo com a Lei Brasileira de Inclusão 13.146, todo aluno disléxico tem direito a um professor auxiliar de nível superior em sala de aula.


Abaixo elenquei algumas maneiras de ajudar um aluno disléxico:


  • Confeccionar o próprio material de alfabetização;

  • Incluir relógio digital, pois eles têm muita dificuldade na identificação de elementos gráficos e números;

  • Deixar utilizar calculadora e gravador;

  • Usar gravuras e fotografias, sendo imagens essenciais para o seu processo de aprendizagem (muitos possuem ótima memória visual);

  • Utilizar folhas quadriculadas e material dourado para ensinar matemática;

  • Estimular a leitura com várias texturas, areia, massinha, por exemplo, e réguas de apoio à leitura para não pular letras e ler na direção correta, da esquerda para a direita;

  • Computadores, tablet com internet e jogos educativos também ajudam muito;

  • Deve ser avaliado essencialmente pela oralidade;

  • Iniciar os testes após o mesmo serem lidos pelo professor;

  • Priorizar na avaliação mais pelo conteúdo da resposta do que pela ortografia das palavras em si.



*DEVELOPMENTAL DYSLEXIA: DISORDER OR SPECIALIZATION IN EXPLORATION? Frontiers, 2022. Disponível em <https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpsyg.2022.889245/full> Acesso em 01 de jul. de 2023.

 
 
 

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"Pensamos demasiadamente e sentimos muito pouco. Necessitamos mais de humildade que de máquinas. Mais de bondade e ternura que de inteligência. Sem isso, a vida se tornará violenta e tudo se perderá". Charles Chaplin

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